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domingo, 27 de fevereiro de 2011

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E eu me recolho á minha insignificância, como se nada que eu falasse, fizesse sentido, como se tudo que eu fizesse, se tornasse poeira, como se meu ser se tornasse invisível, e me desse a sensação de que eu nunca fui


alguma coisa pra alguém, que eu sempre fui um vazio, um nada... O que eu acho mais estranho nisso tudo, é que todos me olham, mas parece que ninguém me vê; as pessoas passam por mim, e me observam do mesmo modo como observam uma vitrine; como se eu fosse inferior à elas... Às vezes eu me pergunto, será que eu vou visível mesmo?! ou será que foi apenas uma fantasia da minha cabeça para poder me infiltrar entre as pessoas, e ali permanecer, ao menos "tentando" ser normal...

Agora estou eu aqui, sentada na areia dessa praia quase deserta, sentindo a leve brisa do mar, vendo o sol se pôr por entre as folhas das árvores... As poucas pessoas que aqui estão, vão recolhendo seus guarda-sóis, suas cadeiras, esteiras, e retornando para suas casas; e eu continuo aqui, sozinha, na companhia de uma folha de papel e de um lápis, tentando expressar em palavras, como é o sentimento de se sentir rejeitada, desamparada, invisível... É uma experiência única, algo que eu não desejo à ninguém, pois não é nada agradável, se sentir inútil, saber que você não pode fazer NADA para ajudar as pessoas, saber que você não é NADA pra elas, e não poder fazer NADA para reverter essa situação.

Minha vida, no momento, se resume a isso...

Já tive de tudo, uma família, amigos que estavam sempre à minha volta, uma vida perfeita... Tudo era tão bom, que até parecia mentira, e com o tempo, foi se tornando uma grande mentira... Eu já não era mais a mesma, eu tinha afastado todos os meus amigos de perto de mim, por causa da minha arrogância, da minha ignorância, da minha grosseria; minha família?! completamente decepcionada, deixaram que eu seguisse minha vida sozinha, afinal, se eu queria seguir um caminho, porque me impedir...

Caí nas ruas, fiz muita gente sofrer, sei que essa não era a vontade da minha mãe; ela me botou no mundo, mas eu não pertencia a ela, então, deixou que eu escrevesse a minha vida exatamente do jeito que eu queria... Não foi por falta de orientação desde que era pequena, fui criada para ser uma pessoa honesta e bem-educada, mas na tentativa de me mostrar superior e independente, achei que estava fazendo tudo da maneira certa, quiz mostrar o quanto eu era esperta e como podia fazer minha vida sozinha... Meu erro foi esperar de mim, algo que eu não tinha capacidade de fazer...

Esse vazio que me consome por dentro faz com que eu perca a vontade de viver, não sinto fome, não sinto frio, nem calor, minha vida se resume a escrever e dormir, afinal, é só o que me resta... Escrever, passar minha história adiante, para que as pessoas conheçam experiências alheias e não tomem as mesmas atitudes, não cometam os mesmos erros, e não façam do mundo, um mundo egoísta.

Créditos de uma grande amiga Yessa Voges *-*

2 comentários:

  1. Ficou liiindo amiga, *-* Também é uma grande amiga pra mim, a melhor que já tive *-* Obrigada por TUDO, te amo muiiito ♥ *-* by: Yessa :D

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  2. own *-*
    tu tb foi a melhor que já tive *.*
    capaz, obrigada vc *---* tbteamomt! ♥

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